quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Sistemas Embarcados: Urna Eletrônica

  A urna do jeito que conhecemos foi desenvolvida no Brasil em 1996. Ela foi criada com o intuito de facilitar a votação, pois muitos analfabetos tinham dificuldade com o sistema antes utilizado para votação (preencher uma cédula), e agilizar a apuração de votos. Sem contar com o benefício do voto secreto, antes das urnas, os menos esclarecidos acreditavam que mesmo o voto sendo secreto, era possível descobrir quem votou em quem e por isso se sentiam ameaçados e votavam em quem lhes fosse mandado.
  Algumas pessoas alegam que a urna eletrônica não é o meio mais confiável para se apurar uma eleição. Essas pessoas alegam que as urnas podem ter seus resultados "facilmente" (para quem entende, lógico) alterados. Hackers holandeses e alemães inclusive o fizeram em um programa de TV para que seus governos não adotassem esse tipo de tecnologia. Os Estados Unidos também tentaram implementar a urna pelo seu ágil processo de apuração de votos, mas logo desistiram desencorajados pelas falhas do sistema.
  Um dos problemas foi constatado por um grupo de brasileiros, entre eles o professor da UnB Diego Aranha: o voto não é tão secreto assim. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em março de 2012, com o intuito de mostrar que as urnas são sim confiáveis, permitiu que pessoas se inscrevessem para testar a confiabilidade das urnas. Porém esses testes tinham algumas restrições e por isso nenhuma equipe teve exito total. Mas a equipe do professor Diego Aranha descobriu que tem sim como descobrir quem votou em quem. Quem tiver mais curiosidade sobre o assunto, assista ao vídeo abaixo:

  Nos países onde não foram impostas restrições (Estados Unidos, Paraguai, Holanda) os especialistas obtiveram total exito ao tentarem manipular os resultados das urnas eletrônicas. 
  Atualmente está sendo implantado o sistema de biometria nas urnas do Brasil. Mas esse sistema também não é muito eficiente para o que propõe. Sua proposta é fazer com que ninguém possa votar no nome de outra pessoa. Mas existem os "falsos positivos", que são as pessoas que não têm suas digitais reconhecidas pelo sistema, e o mesário se responsabiliza pelo voto da pessoa, então a eficiência desse sistema também não é total.
  Depois dessas informações você acha que devemos ou não confiar na urna eletrônica?


Fontes:

3 comentários:

  1. Muito bom, provavelmente o tema mais importante da atualidade no Brasil.
    Não da pra tirar muita dúvida pois o post é muito completo, então vou pedir a opinião técnica dos escritores do blog:
    Quais seriam as medidas que vocês tomariam para tornar o sistema das urnas mais seguro?

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    1. Oi, Andreas! Olha, sua pergunta é bem delicada. Acho que o que pode ser feito para otimizar a questão da segurança no sistema de votos brasileiro já é feito, sendo a biometria, como Mariana mencionou, a última medida tomada(ainda em processo de implantação). Além disso, acho que não importa o que se faça, novos problemas, novas falhas, novas vulnerabilidades sempre irão surgir!

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  2. Desculpa Andreas, mas se nem os especialistas estão conseguindo uma solução para esse problema, acho que não tenho muito como fazê-lo.

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